Olitree

DRAPNorte – Estação de avisos da Terra Quente emitiu a nova circular 4/2021, de 5 de julho, com novas recomendações agrícolas relativamente ao olival e amendoal.

A Traça-da-Oliveira  (Praya oleae B.)

Este lepidóptero, que tal como a maioria dos insetos, tem quatro fases larvares, ovo, larva, pupa e adulto.

É na fase larvar, com cerca de 7 mm de comprimento e 1,3 mm de largura, de forma cilíndrica e com uma coloração de branco-amarela até acastanhada, com quatro listas dorsais ao longo do seu comprimento, duas verde azeitona e duas outras de cor esbranquiçada. Uma de cada cor de cada lado e ao longo do seu comprimento, que causam maiores prejuízos.

Esta praga tem 3 gerações ao longo do ano, que se desenvolvem de acordo com os órgãos do hospedeiro. Folha – geração filófaga, flores – geração antófaga, e frutos – geração carpófaga. É nesta geração que nos encontramos, em que se iniciou uma postura dos ovos sobre o fruto, em geral sobre o cálice junto ao pedúnculo do fruto, onde depois eclode a larva, que penetra no fruto com o objetivo de atingir a amêndoa no interior do tenro caroço, onde permanece até ao seu endurecimento. Estes movimentos larvares, levam à queda de azeitonas com alguma intensidade, agora no fim de junho. Se não houver um controlo com produtos homologados, pois da captura de adultos em armadilhas sexuais colocadas à altura de 1,5 a 2 metros, no interior da copa das oliveiras, e da observação visual das drupas colhidas em 20 árvores, 2 por ramo, em cada dois ramos, um em cada quadrante.

Porque se observam mais de 25 capturas por dia, e mais de 20% de fruto com larvas vivas, para evitarmos a 2ª queda de frutos em setembro/outubro, devido ao corte dos feixes fibrovasculares, o seu controlo deve ser efetuado principalmente nos concelhos de Mirandela; Alfândega da Fé, Valpaços e Bragança zona de Izeda.

AMENDOEIRA (Prunus dulcis)

Nas duas últimas semanas, as temperaturas amenas e humidade incertas, com variações frequentes, destes meteoros, juntamente com fortes orvalhos, nevoeiro e neblinas matinais, período de chuva e queda de granizo em alguns locais, contribuíram para a infeção de algumas doenças.

Crivado – Stigmina Carpophyla (Lev.) e Coryneum beijerinckii (Ond.)

Estes fungos pertencem à família dos Botryosphaeriacea, e estão presentes na maioria dos prunus da região temperada da Europa, América, África, Oceania.

Embora os sintomas da doença possam existir em jovens ramos, folhas e frutos, o mais comum são as lesões em folhas começando por pequenas manchas, quase impercetíveis devido a esporulação do fungo aumentando estas sucessivamente com uma coloração acastanhada até 5-10mm de diâmetro, ficando estas folhas com aspeto de crivo, aderentes à árvore sem haver queda.

Nos frutos estas manchas de pequeno tamanho, aparecem com margens púrpuras, de aspeto necrosado, podendo apresentar uma gomose, na parte superior das amêndoasA multiplicação da doença processa-se pelo transporte dos conídios através do vento e da água, podendo permanecer o seu tempo de infeção durante vários meses.

Meios de luta

Com podas invernais podemos eliminar os órgãos atacados diminuindo assim as fontes de inóculo.

Em anos de maior severidade da doença como é este o caso, podemos utilizar os produtos homologados.

 Mancha-Ocre

O fungo causador desta doença é o Polystigma ochraceum que provoca a desfoliação precoce e consequentemente uma diminuição da produção devido á redução da capacidade de fotossíntese. Esta doença é considerada das mais importantes nas regiões produtoras de amêndoa da Europa e Ásia. A espécie P.fulvum é a que predomina em Portugal, a folha da amendoeira fica com manchas de tamanho variável, com uma coloração amarela no início para depois mudar para castanho-avermelhado, e posteriormente os tecidos ficam necrosados, de forma aleatória por toda a folha, de um e outro lado.

Este fungo hiberna nas folhas que caírem no solo durante o outono anterior sob a forma de ascósporos, para depois na primavera, quando as condições de temperatura e humidade lhe forem favoráveis, e na presença da precipitação, há libertação dos ascósporos, que vai levar ás primeiras infeções. Os esporos assim libertos, dispersam-se através do vento. As lesões nas folhas depois de abril e maio, o que leva à formação de picnídios na página inferior da folha, que são esporos assexuados e que aparecem agora em junho se não forem controlados por produtos homologados, a sua evolução contribui para uma diminuição da produção.

Meios de luta destruição das folhas caídas no outono anterior para redução do inóculo presente nessas folhas, através da pulverização com ureia cristalina na quantidade de 3% ou no máximo 5%, quando 30% das folhas da árvore estiver no chão, molhando bem toda a copa e as folhas caídas.

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